Jardim de Insetos

 

Costumo falar por aqui que a natureza é perfeita. E ela simplesmente é! Cada ser vivo tem o seu papel para que a vida aconteça de forma orgânica e sustentável. E, apesar do que muitos pensam, com os insetos não é diferente. Entre eles, existem os “benéficos” e alguns que são considerados “pragas”. Mas hoje quero te mostrar que todos têm a sua beleza e encantos.

 

Abelhas

Esses insetos são vitais. São elas que realizam a polinização de espécies vegetais, coletando pólen e néctar de flores. Além disso, produz mel, cera, própolis, apitoxina e geleia real. Existem dezenas de espécies de abelhas, sendo pelo menos 30 nativas do Brasil, as famosas abelhas sem ferrão.

 

Besouros

Responsáveis pela reciclagem de nutrientes do solo e decomposição de materiais vegetais, algumas espécies conseguem serrar árvores inteiras, os chamados serradores. Em algumas culturas, os besouros fazem parte da alimentação e são consumidos secos, torrados e temperados.

 

Borboletas

Representam metamorfose e mudanças de fases por mudarem muito durante a vida. Quando jovens, em forma de larva, se alimentam de folhas e podem acabar com as brotações de uma planta. Porém, após o período de pupa, se tornam adultas e ganham dois pares de asas coloridas e encantadoras.

 

Joaninhas

As grandes heroínas do jardim orgânico! Se alimentam de pulgões e outros insetos que sugam a seiva das plantas. São pequeninas, coloridas e cheias de graça. Tanto na sua fase jovem quanto na adulta se alimentam dos insetos “praga”. Quando maduras, suas asas podem apresentar várias combinações de vermelho, marrom e tons alaranjados.

 

Libélulas

Insetos com abdome alongado e dois pares de asas transparentes, cheios de desenhos em suas nervuras. Se alimentam de outros insetos e podem viver até seis meses, encantando os jardins por onde passam.

 

Ciclo de vida dos insetos

Nos meses mais quentes do ano, os insetos se multiplicam mais rapidamente e acabam consumindo mais alimento. Alguns se alimentam de pólen e néctar das flores, outros sugam a seiva das plantas. Existem até aqueles que comem as folhas e podem deixar uma planta “pelada” em poucos dias. Por isso, é importante estar sempre atento às plantas para evitar maiores danos. Ao se alimentarem e crescerem, completam o ciclo de cada uma das fases. Já adultos, iniciam a reprodução e aumentam sua população rapidamente.

 

Controle de insetos praga

Antes de realizar o controle é preciso identificar o inseto e entender se ele é realmente uma praga ou se faz dano à planta na fase em que se encontra. É o caso das borboletas que, quando adultas, não fazem dano algum, mas, quando lagartas, comem várias folhas de plantas. Em contraste, as joaninhas são insetos benéficos em todas as fases do ciclo, e, muitas vezes, durante sua fase jovem como uma pequena larva com três pares de pernas, não é reconhecida e pode ser vista como danosa.

 

Larva de joaninha - quando jovem, este inseto come pulgões, ácaros, e pequenos insetos como cochonilhas.


Existem várias receitas mirabolantes de misturas com ingredientes que podem fazer até mal para a maioria das plantas, como vinagre, por exemplo. A forma mais prática e sustentável de realizar o controle é através da catação manual, ou seja, retirar manualmente um por um dos insetos.

Desta forma, além de evitar o uso de produtos tóxicos, vamos reduzindo gradativamente a população do inseto em questão. Por isso, devemos monitorar regularmente as plantas para garantir que não tenha ficado nenhum inseto.

No caso de insetos maiores, podemos usar luvas ou pinças para auxiliar na catação. Para insetos menores, podemos passar um pano úmido, folha por folha, e retirar todos de uma vez só.